domingo, 1 de fevereiro de 2009

Introdução de Adestramento


Não importa se você quer um cão de trabalho, de caça, de guarda, de
resgate, um farejador ou um cão de companhia, um excelente trabalho de
obediência é prérequisito
básico para qualquer cachorro. Mesmo antes de iniciar o
trabalho de obediência com um treinador - o que normalmente é feito, quando o
animal tem cerca de seis ou sete meses - o propriefário pode começar, em caso,
um treinamento simples, aumentando muito as chances de o pet ter sucesso no
adestramento. Em nosso matéria sobre reprodução e filhotes, destacamos algumas
dicas importantes nesse sentido.
Até mesmo as brincadeiras têm um papel importante na formação de um
cão de trabalho ou companhia. Animais rastreadores, por exemplo, podem ser
estimulados a buscar e encontrar objetos; cachorros de caça, a perseguir
brinquedos ou mesmo um pano manejado pelo dono. O instinto natural de caça
também é usado pelos adestradores de cães de guarda, que ensinam o filhotinho a
gostar de morder, e a morder forte.
Cada raça tem suas aptidões próprias. Existem cães protetores como o
Rottweiller, caçadores pelo faro como o Beagle, caçadores velocistas como o
Afghan Hound, cachorros independentes como o Buli Terrier ou o Pit Buli, cães de
companhia como o Pug, de transporte no gelo como o Husky Siberiano, pastores
como o Border Retriever, caçadores apontadores como o Pointer, buscadores de
caça como os Retrievers e cães polivalentes como o Pastor Alemão. Atualmente,
grande parte dos caçadores é usada com muito sucesso como animais de
companhia, assim como os Terriers e até alguns animais de guarda. Os cachorros
são muito adaptáveis às exigências que fazemos a eles. Talvez resida aí o segredo
de uma convivência tão saudável por mais de 10 mil anos com o homem.
Os tipos de adestramento mais comuns oferecidos hoje são: adestramento
de obediência básico e avançado, adestramento para guarda, adestramento para
exposições e adestramentos especiais, como para caça, cães de resgate ou de uso
da polícia. Em todos esses tipos, os profissionais trabalham com recompensas e
punições. O dono deve tentar conhecer quais são as que resultam em melhor
resultado para seu cachorro. Animais que gostam de petiscos são muito mais fáceis
de treinar do que outros que não demonstram muito interesse. Além dos petiscos,
elogios, carinhos e brincadeiras funcionam como recompensas.
Pesquisas mostram que o intervalo ideal entre um comportamento e sua
recompensa ou punição é de apenas meio segundo. Decorridos 30 segundos do
comportamento, a recompensa ou a punição perdem completamente o sentido
para um terço dos animais. As punições funcionam melhor, quando ministradas
continuamente todas as vezes que o cachorro praticar o comportamento
indesejado. Infelizmente, é possível que o proprietário não esteja presente em
parte dessas ocasiões, o que prejudica o aprendizado. Já as recompensas
funcionam melhor, quando oferecidas de forma intermitente. O proprietário pode
oferecer o petisco a cada três acertos em um exercício, ou a cada dez.
Punições com agressão ao cão são mais complicadas. Elas podem provocar
reações de medo e agressividade nos animais. Em cães de guarda, por exemplo,
esse tipo de corretivo é completamente destrutivo. Imaginem um ladrão mostrando
o chinelo para o cachorro que foge em disparada.
Embora o adestramento formal seja normalmente adiado até os seis
meses de idade, cãezinhos bastante jovens já
estão prontos para aprender algumas lições. O aprendizado estável começa entre
oito e nove semanas de vida, mas essa é uma fase extremamente sensível do
desenvolvimento do animal, e traumas com adestrador ou castigos podem perdurar
por toda a vida. O pet já começa a ficar pronto para a aprendizagem básica aos
três meses de idade, e você pode ensinar algumas lições rápidas e curtas.

Dicas de Adestramento



Cães são animais inteligentes, que
conseguem adaptar-se a novas
exigências, mas você precisa
dominar alguns segredinhos.

Introdução de Adestramento

Raças Caninas





Para os apaixonados pelo mundo Pet, aqui está uma
enciclopédia das principais raças caninas. Você vai ficar
sabendo mais sobre o seu amiguinho e sobre muitas
outras raças, conhecidas ou não.

Scottish Terrier

Lhasa Apso

YorkShire Terrier



sábado, 31 de janeiro de 2009

Lhasa Apso


O Lhasa Apso nasceu no Tibet e também é conhecido como Lhasa
Tibetano ou ainda “Jóia do Tibet”. Acredita-se que a raça descenda do Mastiff
Tibetano. O termo “apso” foi dado a esta raça porque sua pelagem era
semelhante à das cabras pastoreadas pelos monges tibetanos. O Lhasa Apso
era muito bem conceituado em sua terra natal, sendo criado em palácios e
templos.
É muito comum confundir esta raça com o Shih Tzu, cão originário
do oeste da China. Isso porque, no passado, o Dalai Lama do Tibet tinha
costume de presentear seus convidados de honra com Lhasas — enquanto na
China os governantes davam o pequeno Shih Tzu. Especula-se que tenham
acontecido cruzamentos inter-raciais com o Lhasa Apso fora do Tibet. No
entanto, é possível diferenciar claramente o Shih Tzu e o Lhasa Apso,
observando, por exemplo, o focinho e a cauda.

• Características:
O Lhasa Apso é alegre e muito bom para as crianças. Pequeno, pode
ser um bom cão de alerta. Adapta-se bem a qualquer espaço, seja em
quintais ou dentro de apartamentos. Por tudo isso, é considerado um
excelente cão para toda a família.
No Tibet, seu país de origem, o Lhasa Apso era um presente do Dalai
Lama a seus convidados de honra. Talvez por isso exista até hoje a crença de
que quem é presentado com um Lhasa Apso ganha sorte para a vida inteira.
Com uma pelagem longa, densa e áspera, o Lhasa Apso não deve
ser confundido com o Shih Tsu. Seus pêlos, que podem variar do branco ao
preto, chegam a cobrir seus olhos e exigem muitos cuidados do dono. A
escovação deve ser diária e cuidadosa.

1. Pais de origem: Tibet
2. Nome de origem: Lhasa Apso
3. Porte: Machos, 25.4 cm; Fêmea, ligeiramente menores.
4. Utilização: Companhia.
5. Pelagem: Externa Longa, reta, pesada e áspera. Nem lanosa nem
sedosa. Subpêlo moderado.
6. Trabalho com a Pelagem: Escovação três vezes por semana.
7. Necessita Tosa.
8. Necessidade de Exercícios: Baixo.
9. Necessidade de Atividade: Baixo.

• Saúde
O Lhasa Apso pode desenvolver as seguintes doenças:
Dermatites alérgicas - O Lhsa Apso é uma raça
extremamente sensível à vários alérgenos, por isso, uma
vez definida a causa destas alergias, o mais
recomendado é evitar o contato do cão com este
alérgeno.
Atrofia progressiva da retina - Esta condição se
desenvolve em exemplares a partir dos quatro meses de
idade, podendo levar à cegueira total.
Conjuntivites - Causadas pelo atrito dos pêlos com os
olhos.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

YorkShire Terrier


Esta raça é originária da cidade de Yorkshire, no norte da Inglaterra.
Suas origens remontam à segunda metade do século XIX, quando a
Revolução Industrial estava em curso na Europa.
Os cruzamentos eram feitos a princípio sem muito critério pelos
moradores daquela região, que procuravam um cão que fosse ágil no
controle de roedores e que tivesse um bom temperamento. Várias raças
como o Scottish Terrier, Black and Tan Terrier, Maltês, Skye Terrier e
Waterside Terrier entraram na composição do Yorkshire Terrier.
Excelente no extermínio de ratos, a raça se popularizou na Inglaterra
ainda no século XIX, sendo oficialmente reconhecida em 1886.
• Característica
O Yorkshire Terrier é, junto com o Chihuahua, uma das menores
raças. Seu peso ideal não deve ultrapassar 3,1 kg. Assim, adapta-se bem a
espaços pequenos, onde exerce com coragem seu papel de cão de alerta.
Ativo e dócil, o Yorkshire é também uma companhia muito agradável, o que
faz com que seja bastante popular.
O principal cuidado que esta raça requer é quanto à sua pelagem, de
comprimento longo. Se você pretende adquirir um Yorkshire Terrier, saiba
que é preciso ter bastente tempo disponível para escovar este cãozinho

1. Pais de origem: Grã-Bretanha
2. Nome de origem: Yorkshire Terrier
3. Porte: Até 3,1 kg
4. Utilização: Caça e Companhia.
5. Pelagem: longa e sedosa.
6. Trabalho com a Pelagem: Escovação três vezes por semana.
7. Necessita Tosa.
8. Necessidade de Exercícios: Baixo.
9. Necessidade de Atividade: Alto.

• Saúde
A raça Yorkshire apresenta alguns problemas de saúde
característicos, a saber:
Criptorquidismo - Ausência uni ou bilateral dos testículos
na bolsa escrotal.
Luxação de patela - Deslocamento do osso da patela
(joelho). É muito dolorosa ao animal, mas costuma ter
uma regressão espontânea. Em casos graves é
necessário procedimento cirúrgico.
Hiperadrenocorticismo - Doença hormonal que afeta
muitos exemplares.
Queratoconjutivite Seca (olho seco) - Doença
caracterizada por diminuição da produção de lágrima.

Scottish Terrier


Uma das mais antigas raças, acredita-se que o Scottish Terrier
descenda de uma raça chamada Old Scotch Terrier, muito comum na Escócia.
Dela se originaram outras raças, como o Dandie Dinmont Terrier e o West
Highland White Terrier.
Símbolo nacional da Escócia, é uma raça que provou, através de sua
singular beleza e valentia inigualável, ter direito a estar entre as raças mais
populares no universo canino.
O Scottie foi utilizado por muito tempo em sua melhor função: caça a
animais tais como raposas, texugos e roedores que atacavam a produção de
fazendas do interior da Escócia.

• Características
Como um bom exemplar Terrier, o Scottish Terrier está sempre
pronto a exercer sua melhor atividade: estar sempre alerta, dominando seu
território — seja um quintal, uma sala de estar ou um sítio. Com admiradores
em todo o mundo, é chamado carinhosamente de Scottie.
Afetuoso e ciumento com o dono, o Scottie pode muitas vezes dar a
impressão de ser extremamente independente. No entanto, ele sempre tem
como melhor opção o convívio com seu dono.
Ágil e brincalhão, esta raça merece especial atenção ao território que
o cerca. O ato de manter portas fechadas deve se tornar um hábito para o
dono, pois o Scottie adora explorar seu território.
O Scottie se revela um excelente companheiro, inteligente, tenaz e
reconhecido como o cãozinho preto do Whisky Black and White.

1. Pais de origem: Grã-Bretanha
2. Nome de origem: Scottish Terrier
3. Porte: de 25,4 a 28 cm na cernelha.
4. Utilização: Caça
5. Pelagem: longa, dupla e densa.
6. Trabalho com a Pelagem: Escovação três vezes por semana.
7. Necessita Tosa.
8. Necessidade de Exercícios: Alto

• Saúde
O Scottish Terrier apresenta alguns problemas clínicos
característicos, como:
Scottie cramp - É uma condição que acomete cães
desde os primeiros meses de vida e que se caracteriza
por uma falta de coordenação de movimentos durante
momentos de estresse. Não se trata de uma convulsão,
nem ocorre perda de consciência — apenas falta de
coordenação motora, que cessa logo após o motivo do
estresse. Esta doença é mais acentuada nos animais
hiperativos.
Doença de Von Willebrand - Deficiência de fator de
coagulação.
Hipotiroidismo - Diminuição da produção de hormônios
tiroidianos.
Epilepsia - Acredita-se que algumas linhagens tenham
apresentado uma maior incidência, caracterizando o
fator genético.
Osteopatia Craniomandibular - Aparece entre os quatro
e sete meses de idade, e é caracterizada por um
crescimento anormal do osso mandibular. Caráter
genético.

O cão foi o primeiro.

Ele Também é o Mais Antigo
Amigo do Homem.



Há pelo menos 10.000 anos, os cães deixaram de ser concorrentes pela caça (e
às vezes de caça) para ganhar um lugar nos acampamentos humanos, e até dividir a
mesma "cama". Mas, para chegar até lá, o caminho foi longo...
Dentre todos os animais com os quais o homem se associou em toda a sua história,
o cão foi o primeiro. E ele é o responsável pelo fato de o ser humano ter uma relação
estreita de, pelo menos, 10.000 anos com os animais, pois, antes de cavalos, vacas,
ovelhas, cameiros, cabras, patos, gatos ou até mesmo galinhas, havia somente o cão
nas ajuntamentos humanos. É bem verdade que nossas intenções nem sempre foram
as melhores. Há provas arqueológicas seguras de que o cachorro foi bastante usado
como alimento por nossos ancestrais. Além disso, foram utilizados como animais de guerra,
de carga, de transporte, de rinha... Mas o contato com o homem e a domesticação
também permitiram que o cão se desenvolvesse em uma espécie completamente diferente
da do lobo. Foi também o contato com o homem que fez surgir a gigantesca variedade
de raças caninas que conhecemos hoje. No século XXI, não há outro animal que seja
usado para tantas finalidades quanto o cachorro. Além de continuar sendo usado como
animal de laboratório, guia de cegos, assistente em terapias ocupacionais e recuperação
de pacientes graves e também simplesmente como companhia, proporcionando um
reforço psicológico tremendo para seus donos e também facilitando a interação entre
pessoas e comunidades.
Voltando à Pré-História, vamos encontrar o mais antigo ancestral do cão vivendo
em florestas há 40 milhões de anos. Com uma cauda longa e membros curtos, o Miacis
se assemelharia hoje mais a um furão do que a um cão, mas os dentes chamados "caninos"
já assumiram seu formato característico nessa espécie. O Miacis evoluiu para o Cynidictus
e este para o Hesperocyon. O último, há 37 milhões de anos, já era maior, com membros
mais longos, dentes caninos mais evidentes e tinha um cérebro maior que seu ancestral.
É interessante observar que sabemos ainda pouco sobre a história dos ancestrais do
cachorro. A partir daí, as teorias são conAitantes. Uma delas diz que o Hesperocyon
deu origem ao Leptocyon, ou ao Tomarctus, dois possíveis ancestrais caninos. Outros
teorizam que o Hesperocyon tenha originado o Cynodesmus e esse, o Tomarctus.

Independentemente da espécie, um mesmo ancestral gerou todos os canídeos,
a família de carnívoros que inclui lobos, raposas, cães, chacais e coiotes, entre outros.
Por isso, o melhor amigo do homem tem ainda um ancestral direto, um canídeo que
surgiu antes dele. Poucos especialistas discordam da idéia de que esse ancestral mais
direto seja o lobo (Canis lupus). As investigações científicas e arqueológicas e os testes
mais avançados de DNA sustentam essa idéia. Especula-se que o cão tenha se separado
do lobo gerando uma espécie intermediária, um lobo doméstico (Canis lupus familiaris),
antes de dar origem ao cachorro doméstico (Canis familiaris).
Mesmo com todas essas afirmações, ainda Rca difícil apontar um ancestral
principal do cão. Existem 32 subespécies de lobo. Qual delas teria dado origem ao
lobo doméstico? Em meio a várias teorias, parece mais apropriado dizer que a
domesticação do lobo ocorreu em pelo menos dois locais, na China e na
Europa. Escavações em sítios de até 500.000 anos atrás encontraram ossos de
lobos com diferenças anatômicas importantes com relação às populações selvagens
locais. Esses lobos que viviam perto (ou junto) dos seres humanos tinham ossos menores
e diferenças na ossatura da mandíbula, do crânio e dos dentes. Evidências de DNA
apontam que o Canis familiaris pode ter surgido há aproximadamente 135.000 anos,
mas, nesse período, ocorreram cruzamentos ocasionais com o lobo.
Levando-se em conta as diferenças anatômicas entre os restos mortais dos
canídeos, acredita-se que o cão tenha sido realmente domesticado entre 20 e 8 mil anos
atrás. As evidências arqueológicas mais antigas da existência de cachorros domésticos
provêm do Oriente Médio, de cerca de 10.000 anos atrás. Mas é interessante notar
também que, na China, na Europa e na América do Norte, há evidências de ossos de cães
que morreram entre 7.500 e 8.500 anos atrás.
Mas o cachorro se uniu ao homem buscando também as suas vantagens. É
provável que seres humanos e canídeos tenham caçado juntos e repartido o resultado
dessas caças. Aos poucos, alimentados pelo homem, os lobos teriam adquirido uma
certa dependência, atenuado seu sentido de auto-proteção e ficado gradualmente
mais mansos. Outras teorias defendem que os primeiros lobos domesticados teriam sido,
na verdade, filhotes capturados muito jovens de seus ninhos. Crescendo ao lado do
homem, esses filhotes passariam a fazer naturalmente parte da "matilha humana". O uso
dos lobos domesticados como alimento era raro. Parece que os humanos preferiam usálos
em outros papéis, como na guarda, em cerimônias religiosas, na tração e transporte de
carga e até mesmo como companhia e para aquecer as noites mais frias.